A ArcelorMittal anunciou nesta sexta-feira planos para reduzir as emissões em suas operações na Europa em 30% até 2030, dois dias depois que a União Europeia estabeleceu um programa para atingir a neutralidade de carbono até 2050.
A ArcelorMittal também disse que pretende lançar uma meta para todo o grupo em meados do próximo ano.
A indústria siderúrgica é responsável por cerca de 7% das emissões globais. A pressão sobre o setor reduzir seu impacto climático está crescendo, especialmente na Europa, já que a nova Comissão Europeia, em funcionamento desde o início de dezembro, tornou a neutralidade de carbono a principal prioridade.
“Nosso roteiro e a meta de redução de emissões de 30% até 2030 para a Europa são um grande passo na direção certa”, disse Geert Van Poelvoorde, presidente-executivo da ArcelorMittal da Europa – Flat Products, em comunicado.
A meta de um corte de 30% em relação aos níveis de 2018 abrange os produtos de aços planos, que formam a maior parte da produção europeia da ArcelorMittal e são utilizados em setores como produção de automóveis e construção.
A ArcelorMittal disse que seu roteiro de emissões inclui a fabricação de aço usando energia limpa, como hidrogênio, em vez de combustível fóssil, bem como a captura e armazenamento de carbono, o que envolve capturar as emissões da siderurgia tradicional e armazená-las ou reutilizá-las em processos industriais.
Os esforços para implementar a captura e o armazenamento de carbono falharam em escala comercial por anos, mas a ArcelorMittal diz que um projeto em Ghent, na Bélgica, para capturar gases residuais de um alto-forno siderúrgico e convertê-los em bioetanol será concluído em 2020.