A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) projeta para 2022 “o segundo melhor ano da história da empresa”. A perspectiva é apresentada por Marcelo Botelho, CEO da CSP, que diz perceber uma grande potência na indústria do aço para os próximos anos.
“Acredito que políticas públicas possam ajudar muito nesse processo, com os projetos de infraestrutura, renovação de frota e outras iniciativas, que são demandas para as quais a indústria do aço está preparada, para cumprir esse objetivo de tornar o Brasil uma potência”, disse durante o Congresso Aço Brasil 2022, que aconteceu no último mês.
Durante o evento, ele disse que a indústria do setor vem “seguindo seu papel, fazendo seus investimentos, mantendo seu parque industrial atualizado, olhando o futuro.”
O recorde de produção da Companhia aconteceu em 2021, quando a empresa produziu 2,8 milhões de toneladas de aços. O grande marco foi o percentual de placas HTS (alta-tecnologia), chegando à média anual de 24,4% e, em novembro, o recorde mensal de 42%.
No ano passado, a performance a nível de Seis Sigma das placas CSP foi conquistada. Essa classificação internacional de qualidade é utilizada quando os fornecedores promovem perdas em seus clientes abaixo de 3,4 ppm (partes por milhão). Em 2021, a empresa teve desempenho de eficiência superior a 99,9%, reduzindo o índice de sucata/downgrade de seus clientes na produção de aço para 1,5 ppm.
Para 2022, os números não foram revelados por Botelho. Atualmente, a empresa tem a compra pela ArcelorMittal avaliada pelos órgãos antitruste. Independentemente do controlador, o CEO destaca a política estadual de incentivo à siderúrgica.
“Falando especificamente da CSP, a gente se instalou em uma região que recebeu uma visão de longo prazo do Governo do Ceará, onde ele desenvolveu infraestrutura e garantiu as condições de implementação de um projeto do porte da CSP. É um governo que vem mantendo uma política estável ao longo dos últimos 30 anos, e é isso que o Brasil precisa. Trabalhar juntos para achar as melhores condições de trabalho, de treinamento, de contratação, de lucratividade e de eficiência.”
Fonte: O Povo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 19/09/2022