Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), sede em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, divulgou nesta terça-feira, 8, resultados recordes de ampliação da produção de aços de alta tecnologia (HTS) em 2021.
Conforme a empresa, há foco para o mercado nacional e internacional de aços de extrema resistência e limpidez, atendendo indústrias do petróleo, química, automotiva de luxo, de maquinários pesados, de torres eólicas e infraestrutura.
O balanço do ano passado aponta que os aços de alta tecnologia representaram 24,4% da produção de 2,8 milhões de toneladas do ano. A linha de produtos premium chegou a 42% de participação da produção de novembro, o recorde mensal.
Outro resultado foi a performance a nível de Seis Sigma das placas CSP. Essa classificação internacional de qualidade é utilizada quando os fornecedores promovem perdas em seus clientes abaixo de 3,4 ppm (partes por milhão).
Com isso, a CSP informa que teve performance de eficiência superior a 99,9%, reduzindo o índice de sucata/downgrade de seus clientes na produção de aço para 1,5 ppm. “Esse resultado atesta a excelência da siderúrgica e a qualifica como uma fornecedora de alto padrão.”
“Isso, em geral, é a classificação necessária para atender a indústria aeronáutica, que exige muito mais qualidade, onde o índice de falha tem que ser menor ainda”, explica o gerente geral de Metalurgia e Qualidade na CSP, Alex Nascimento.
Utilização do produto
Ainda de acordo com o resultado divulgado, a Companhia frisa que já produziu 144 tipos de aços de alta tecnologia nos últimos cinco anos, atendendo a mais de 30 clientes dos mercados europeu, brasileiro, americano, canadense e mexicano.
São mais de 200 mil toneladas de aços de alta performance fornecidos para a indústria do petróleo e mais de 300 mil toneladas para o mercado automotivo.
A empresa explica que os aços de alta tecnologia se diferenciam das placas de aço comerciais por serem destinadas a aplicações que requerem maior variedade de elementos químicos na composição e por exigirem extrema limpidez.
As tubulações para a passagem de petróleo ou gás, por exemplo, demandam aços com 16 elementos químicos. Para torres eólicas, motores, equipamentos de linha amarela (maquinários pesados) e construção de pontes, a resistência mecânica abrasiva é essencial.
Já para o contato com o petróleo, o aço deve estar apto a ambientes corrosivos e de temperaturas agressivas. Em automóveis, esses aços HTS são aplicados a peças de segurança, estruturais e na barra de direção, por exemplo. Para a composição externa do veículo, o material deve ter conformação mecânica, possibilitando as curvas e complexidade no design.
Fonte: O Povo
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 09/02/2022
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