A ArcelorMittal, segunda maior companhia produtora de aço do mundo, vai estruturar um fundo para investir em startups que desenvolvam ‘soluções’, produtos e tecnologias que se enquadrem nas várias áreas da companhia. O primeiro aporte será de R$ 100 milhões. No primeiro momento, vai apoiar 15 startups na América Latina. O Smart Ventures deve começar a operar em julho.
Segundo o CEO da ArcelorMittal Aços Longos Latam e Mineração Brasil, Jefferson De Paula, ao investir nessas pequenas empresas, a ArcelorMittal passa a ter participação nas companhias e com isso poderá fazer uma mentoria e compartilhar a sua gestão.
“Vamos investir em algumas empresas que estejam conectadas com a nossa cadeia de valor e que podem nos agregar na siderurgia, mineração, sustentabilidade, logística, comercial, varejo e distribuição. Estamos na fase de escolha dessas empresas”, disse De Paula. “Essa iniciativa pode ser replicada por outras operações da ArcelorMittal no mundo.”
O Smart Ventures está agora na fase de escolha das pequenas empresas inovadoras que devem receber o investimento. Além disso, o fundo está em estruturação junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e deve ser lançado no segundo semestre.
Os recursos do fundo, segundo a empresa, um Corporate Venture Capital (CVC), estão previstos para os próximos quatro anos e serão destinados a empreendimentos no Brasil e em outros países da América Latina que tenham alto potencial de crescimento.
A estratégia é identificar startups que tenham solução validada e que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor do negócio da ArcelorMittal.
“Com investimentos em projetos que buscam transformar o setor, a empresa fortalece seu papel como agente de mudança na indústria do aço e na sociedade. A cocriação, a troca de expertise da ArcelorMittal com a experimentação das startups, a consolidação da cultura da inovação na organização e o impacto dos projetos no mercado são alguns dos ganhos previstos com o Smart Venture”, afirmou De Paula.
O fundo será gerido por uma nova diretoria da ArcelorMittal, que será comandada por Paula Harraca. A nova área irá abranger estratégia, inovação e transformação do negócio e é considerada internamente uma “Diretoria do Futuro”, por reunir numa mesma equipe, a missão de potencializar a estratégia do negócio, conectando a performance de hoje com os desafios do amanhã.
Segundo Harraca, o objetivo é integrar a estratégia junto a temas relevantes como inovação, ESG (econômico, ambiental e governança), investimento social, novos negócios e cultura organizacional, diversidade e inclusão.
“A lógica de investimento em inovação é diferente. Eventualmente podemos ter 15% de retorno no processo de investimento de quatro anos. Mas, vamos acompanhar a jornada de evolução dessas startups e o retorno não será exclusivo para a ArcelorMittal”, disse a executiva. Segundo ela, por meio do fundo, a siderúrgica poderá capturar soluções de grande conhecimento e agregar valor para os clientes da companhia.
Além da ArcelorMittal, a Gerdau também aposta na inovação para o crescimento do negócio. A siderúrgica brasileira criou a divisão Gerdau Next, seu braço de novos negócios, focada no desenvolvimento de novos produtos e negócios, adjacentes à produção de aço, e alinhada às diretrizes de inovação e disrupção da companhia. A meta, segundo a Gerdau, é que essa área seja responsável por 20% da sua receita.
Fonte: Valor
Seção: Siderurgia & Mineração
Publicação: 18/05/2021
Fonte: https://www.infomet.com.br/site/noticias-ler.php?cod=157667&et=&emsg=&ecmp=&bsc=&frm=1&new=1